domingo, 28 de junho de 2009

ANITA

ANITA – EPISÓDIO XXVIII
(Ficção baseada em factos reais)

… Mas sabes uma coisa? Não tenho passado tão bem como da primeira vez. E, quando vinha a caminho de casa, surgiu-me uma ideia:
Que tal se fôssemos à capital consular um especialista? Que te parece?

FIM DO.EPISÓDIO XXVII
EPISÓDIO XXVIII

Vicente esboçou um ligeiro sorriso.
- Se achas que é uma boa ideia, se vais ficar mais descansada, podes ir. Talvez a tua mãe te possa acompanhar…
- Não, Vicente, a minha mãe não, A minha ideia era tu ires comigo…
- Estás a esquecer-te de um pormenor muito importante: eu não posso sair daqui, esqueceste-te? Não me digas que não sabias…
- Sabia, sim, claro! Como toda a gente soube quando vieste para cá. Eu era ainda uma criança, por isso estava a esquecer-me…
E se fôssemos a Inglaterra?
- Anita, eu não estou proibido de ir à capital; estou proibido de sair da ilha. Não posso ausentar-me daqui até ao fim dos meus dias.
E, não indo comigo, parece-me mais fácil ires ao Continente do que a Inglaterra. Não te parece?
- Talvez tenhas razão. Tenho que pensar bem no assunto.
E rapidamente mudou o rumo à conversa.
Esquecera-se completamente que Vicente não podia sair dali. E não era por ela que falara em consultar um médico na capital; era apenas um pretexto de que se lembrara para obrigar o marido a fazer os exames que na ilha não seria possível realizar.

Alguns dias depois Anita escreveu a Humberto. Nunca sentira tanta dificuldade em contar-lhe qualquer coisa. Não encontrava as palavras certas para lha falar na sua gravidez. Parecia-lhe, desde a última carta que recebera de Humberto, que alguma coisa se quebrara entre eles, qualquer coisa que não conseguia definir, mas que a magoava muito. Era como que um espinho que se tivesse colocado entre ambos.

Depois de muito hesitar e rodear, escreveu de repente:
-Estou grávida!
E, repetindo o que dissera na carta anterior, pedia-lhe que não a condenasse por ser feliz.
Depois de descrever a conversa que tivera com o marido, e a sua reacção, terminava dizendo-lhe:
- Talvez esta notícia, de início, seja um choque para ti. Mas tenho a certeza que, depois de veres como sou feliz, de como o padre João me ama, e, principalmente depois de conheceres o novo membro da família, quando ele chegar, dentro de seis meses, mudarás de opinião.
E a carta segui o seu destino.

Tudo entrou na normalidade, e pouco antes das férias lectivas, Anita foi para o Hospital, onde deu à luz uma linda e perfeita menina.

Foi registada com o nome de Eduarda, filha de Anita e Vicente.
Na impossibilidade de a registar como sua filha, o padre João manifestou a Anita o desejo de, pelo menos, ser seu padrinho.
Conversando com o marido, Anita transmitiu-lhe o desejo do padre.

Vicente não manifestou surpresa nem qualquer desagrado. Respondendo que achava uma boa ideia, prontificou-se a mandar a sua lancha, que fazia a ligação com terra dos navios que não podiam acostar ao pequeno cais, buscar o padre da ilha mais próxima, seu conhecido de longa data.

O baptizado realizou-se em ambiente festivo, ainda que restrito apenas a familiares.
Anita sentia um grande desgosto ensombrar a sua felicidade – a ausência de Humberto.
Embora estando em plena época de férias escolares, Humberto comunicara que não podia ausentar-se do local onde exercia o seu estágio, e por esse motivo viria mais tarde, apenas por uma semana.

Anita ficou com a sensação de que se tratava de uma desculpa, mas não se atreveu a fazer qualquer insinuação. Limitou-se a manifestar a sua tristeza pela ausência do enteado, acrescentando que ficava ansiosa pela sua vinda, ainda que por tão poucos dias.

Anita revia-se na sua linda menina. O padre João vinha todos os dias visitar a sua afilhada. Vicente, que agora se mantinha em casa por largos períodos, passava com Eduarda muito mais tempo do que dispensara ao próprio filho, Tiaguinho.
Observando-os, Anita pensava:
- Parecem mesmo avô e neta!
Lembrava-se de como o seu próprio pai procedera com Tiaguinho, quando ele era bebé – os mesmos gestos, o mesmo sorriso enternecido, o mesmo ar de encantamento…

quinta-feira, 25 de junho de 2009

UMA CENA DE AMOR

Duma janela da minha casa avisto, na rua, um candeeiro de iluminação pública.
Há pouco, olhando lá para fora, vi que estavam dois pombos pousados no candeeiro.
Achei a imagem muito bonita.
Sem aviso prévio, pelo menos sem que eu me tenha apercebido, num repente, amaram-se!
Foi tudo muito rápido, questão de segundos, e já estavam novamente lado a lado, satisfeitos e felizes.


Mas olhavam em todas as direcções, perscrutando os arredores.
Com um olhar entre desconfiado e interrogativo, pareciam dizer: será que alguém testemunhou o nosso amor???

Este pequeno acontecimento trouxe-me à lembrança uns versos que, com os meus sete ou oito anitos, recitava na escola primária, e que nunca esqueci!
E até me lembro do autor: Afonso Lopes Vieira!

Já não se fazem memórias como antigamente…

Mariazita

Os passarinhos
Tão engraçados
Fazem os ninhos
Com mil cuidados.

São p’ra os filhinhos
Que estão para ter
Que os passarinhos
Os vão fazer.

Nos bicos trazem
coisas pequenas,
E os ninhos fazem
De musgo e penas.

Depois lá têm
os seus meninos,
Tão pequeninos
Ao pé da mãe.



Nunca se faça
Mal a um ninho,
À linda graça
De um passarinho!

Que nos lembremos
Sempre também
Do pai que temos
Da nossa mãe!

Afonso Lopes Vieira

OS PASSARINHOS (???)

domingo, 21 de junho de 2009

ANITA

ANITA – EPISÓDIO XXVII

(Ficção baseada em factos reais)

Não quero que te preocupes, que não é caso para isso. Apenas tenho vindo a sentir umas ligeiras tonturas, de vez em quando, e na minha idade – sabes que já não sou um jovem – achei melhor ir ver o que se passava. O médico mandou-me fazer análises, mas acha, também ele, que não é nada de cuidado.

FIM DO.EPISÓDIO XXVI

EPISÓDIO XXVII

Entretanto receitou-me uns medicamentos para me ajudarem a sentir-me melhor. E já estou quase bom! – acrescentou, com fingido entusiasmo.

Anita olhou para o marido com uma atenção com que nunca o olhara, e quase estremeceu ao verificar como Vicente estava envelhecido.
Sempre vira o marido como um homem mais velho do que ela, mas só agora se apercebia da verdadeira diferença de idades entre ambos: Vicente era quase um velho! Ou seria que estava realmente doente, e não queria dizer-lhe a verdade?
Resolveu não fazer perguntas. Em breve iria ao médico e aí tentaria saber tudo.

A partir do momento em que estava assente que Anita continuaria em casa e que o marido assumiria o seu filho, era altura de comunicar aos pais que estava novamente grávida, e dizer ao Tiaguinho que ia ter um irmãozinho ou irmãzinha.

Os pais manifestaram uma certa surpresa ao receber a notícia.
Imaginavam, instintivamente, que o relacionamento entre o casal não seria dos melhores, dadas as frequentas vezes em que Vicente era visto fora de casa a horas em que qualquer marido normal estaria junto da família.
Ficaram, talvez por isso, extremamente felizes ao saberem da gravidez de Anita.
Pensaram que o pior teria passado e eles, finalmente, teriam chegado a bom entendimento.
Anita nada disse para os desiludir. Aliás, era-lhe bastante conveniente esta convicção dos pais, especialmente porque, ao darem a notícia aos familiares e amigos, fá-lo-iam muito mais convictos da “boa nova”.

Como seria de esperar, Tiaguinho exultou com a notícia de que em breve haveria um bebé na família, que ele se propunha acarinhar e até trocar as fraldas, como via fazer aos mais pequeninos, na creche.

Chegou o dia em que Anita foi consultar o médico.
Vicente propunha-se acompanhá-la, mas rapidamente Anita o dissuadiu, dizendo que tinha pedido à mãe para ir com ela. Vicente não insistiu.
Passava agora mais tempo em casa, sentado no sofá, na sala, e muitas vezes indo deitar-se no quarto de hóspedes.
Depois de ter feito a sua consulta Anita perguntou ao médico, velho amigo da família, qual era o estado de saúde do marido.
O médico pareceu hesitar, mas Anita apressou-se a dizer:
- Pode dizer-me a verdade, doutor. O Vicente já me disse que está doente e que fez uns exames nada simples; e eu noto que ele está a decair de dia para dia.
O médico permaneceu uns momentos silencioso. Anita começava a ficar nervosa. Até que o médico falou:
- A verdade, Anita, é que eu não sei exactamente o que o teu marido tem. Os resultados das primeiras análises não me deixaram nada tranquilo, por isso mandei repetir, acrescentando umas outras mais complexas.
Vamos aguardar. Mas se os resultados não forem concludentes, teremos que pensar em levá-lo à capital. Como sabes, lá há recursos de que aqui não dispomos…
Entretanto, o que há a fazer é tomar os medicamentos que lhe receitei – os valores de colesterol e trigliceridos estavam alterados. Além disso deve descansar bastante, alimentar-se bem, e procurar manter-se tranquilo. Achei-o bastante agitado, por isso lhe receitei também um calmante leve.
E por agora não podemos fazer mais nada. Temos que aguardar.

De regresso a casa Anita encontrou Vicente adormecido no sofá da sala.
Sentou-se e pôs-se a observá-lo em silêncio.
O marido apresentava as faces um pouco encovadas, e uma cor amarelada, doentia.
Como se sentisse o olhar sobre ele, Vicente abriu os olhos, sorrindo para Anita.
- Então, o que disse o médico? Estava tudo bem?
- Sim, aparentemente está tudo bem. Mandou-me fazer as análises habituais.
Mas sabes uma coisa? Não tenho passado tão bem como da primeira vez. E, quando vinha a caminho de casa, surgiu-me uma ideia:
Que tal se fôssemos à capital consultar um especialista? Que te parece?

FIM DO EPISÓDIO XXVII

domingo, 14 de junho de 2009

ANITA

ANITA – EPISÓDIO XXVI

(Ficção baseada em factos reais)


O relógio da sala, tocando as dez horas, veio lembrar-lhe que tinha prometido à mãe ir almoçar a casa dela e passar lá a tarde.
Foi para a cozinha preparar uma surpresa para o lanche, que sabia ser a preferida da mãe e do Tiaguinho – bolinhos de chuva.
Justificar completamente
FIM DO EPISÓDIO XXV
EPISÓDIO XXVI

Do dia seguinte, domingo, foi à missa, como sempre, e depois do ofício divino trocou algumas palavras com o padre João, conseguindo avisá-lo de que de tarde passaria por lá para conversarem.

Quando Anita lhe contou o sucedido com o marido, o padre João não teve reacção imediata. Dir-se-ia que tinha sido fulminado por um raio, tal era o seu espanto. Passada a surpresa, olhou para Anita sem saber o que dizer.
Finalmente conseguiu encontrar as palavras necessárias para lhe transmitir o seu espanto, e perguntar-lhe o que fariam a seguir.
Anita respondeu que também não sabia; o melhor seria deixar que os acontecimentos fluíssem naturalmente.
- Tudo bem, Anita, faremos o que tu achares melhor.
Mas quero dizer-te que, por muito que me custe não registar o bebé com o meu nome, não posso deixar de considerar muito generosa a oferta do teu marido para o reconhecer como filho, pois tenho a certeza que não é em nove meses que se resolverá a minha situação.
Muito em breve escreverei ao meu superior directo a pedir-lhe informações acerca do que necessito fazer para pedir a exoneração dos meus votos.
Como nunca estive nesta situação, nem conheço ninguém que tenha passado por isso, não faço a menor ideia dos trâmites necessários para chegar a bom termo.
Logo que ele me informe começarei a tratar de tudo. E depois regularizaremos a nossa situação e do nosso filho.
O teu marido, que se mostrou tão compreensivo e benevolente, há-de acabar por compreender, também, que nos amamos e temos direito a viver a nossa vida.
Entretanto, continuares na tua casa, aceitando a sugestão do teu marido, parece-me uma óptima ideia. A alternativa seria ires para casa dos teus pais, o que implicaria teres que lhes contar, já, o que se está passando.
Sem dúvida que o teu marido pensou em tudo, mostrando uma nobreza de carácter muito grande. É digno de toda a minha admiração.
Minha querida, isto é o que eu penso. Contudo, a última palavra é tua. Serás tu a decidir.
Se quiseres sair de tua casa, terás todo o meu apoio, em tudo.
Pensa bem no que queres fazer, no que achas que será melhor para ti, que eu aceitarei o que decidires.

Anita sentia-se nas nuvens. Depois da atitude do marido, que agora via com mais clareza ser de uma grande bondade, as palavras do padre João tornavam-na totalmente feliz.
Agora acreditava firmemente que o seu sonho iria tornar-se realidade, que a felicidade, finalmente, lhe batera à porta.

Alguns dias depois Vicente perguntou-lhe se já tinha decidido o que iria fazer. Anita respondeu que resolvera aceitar a sua proposta, continuando a viver lá em casa, pelo menos por enquanto.
- Só por enquanto? – perguntou Vicente, com uma certa mágoa e desilusão na voz.
- Não façamos planos a longo prazo, Vicente. O melhor que temos a fazer é irmos vivendo um dia de cada vez, conforme se nos forem apresentando…
- Como queiras, querida.
Já agora aproveito para te dizer que fui ao médico.
- Foste ao médico porquê? Não te sentes bem? O que é que se passa? – perguntou Anita, denunciando uma certa preocupação na voz.
- Calma, não se passa nada de grave. Só quis dizer-te antes que soubesses por outra pessoa. Sei como são as línguas nesta cidade. Além disso, no teu estado, vais ter que ser acompanhada pelo médico; portanto era natural que ele mesmo te dissesse que eu o tinha consultado.
Não quero que te preocupes, que não é caso para isso. Apenas tenho vindo a sentir umas ligeiras tonturas, de vez em quando, e na minha idade – sabes que já não sou um jovem – achei melhor ir ver o que se passava. O médico mandou-me fazer análises, mas acha, também ele, que não é nada de cuidado.

FIM DO EPISÓDIO XXVI

quarta-feira, 10 de junho de 2009

DIA DE PORTUGAL

HOJE, 10 DE JUNHO DE 2009
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas



PORTUGAL

Ógui Lourenço Mauri

Oh, magna Pátria-Mãe de minha Pátria!
Que aos brasileiros deixou por legado
Extenso território unificado,
Além de preservada a língua mátria.

Portugal, pequeno na Geografia,
És um gigante, porém, em tua História!...
Toda ela construída de muita glória,
A partir da primeira dinastia.

Lindo é o rubro-verde de teu pendão,
Tanto quanto o nosso verde-amarelo;
Na "cor da esperança" mantemos o elo
A simbolizar um porvir de união.

Comunidade luso-brasileira...
Fraternidade, mescla cutural!
É o Brasil integrado a Portugal;
Livres, agindo da mesma maneira.

Por ser brasileiro, sou grato a ti!
Por meu país, que tu deste de presente...
Sem sangue derramado... Comovente!
P’ra teu orgulho e da terra onde nasci...







Ógui Lourenço Mauri



Acadêmico Fundador nº 27
AVSPE-Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores.
Membro Efetivo

Assessor musical do Grupo "Doce Mistério"

domingo, 7 de junho de 2009

O MEU PRIMEIRO SELINHO

Aproveitando a maré dos selinhos…ofereço a todos, amigas, amigos, comentadores e visitantes em geral, o primeiro selinho da Casa da Mariquinhas, ao abeirar as 15.000 visitas.



O meu “Bem haja!” a todos que para tal contribuíram.

PRÉMIOS

SELO J'ADORE TIEN BLOG

Recebi da amiga ANA , a quem muito agradeço a consideração e amizade.

O que temos a fazer é o seguinte:

1- Colocar o selo no blog
2- Divulgar as regras
3- Dizer 5 coisas que se gosta na vida
4- Indicar 10 blogs para os quais se envia
5- Informar os blogs indicados que receberam o selo.

3 – 5 coisas que gosto na vida:
- A minha família
- Flores
- Animais
- Viajar
- Sol, praia, mar… e afins.

Não vou nomear ninguém. Mas convido todos que aqui vierem a levar o selinho para os vossos espaços.



PRÉMIO BLOG DOURADO


Recebi dos amigos DANIEL e ANA MARTINS ,

aos quais agradeço a atribuição e a amizade demonstradas.

O mote de criação do prémio é o seguinte:
- É um prémio que homenageia os melhores blogs e tem a sua simbologia nas cores que utiliza.
A cor azul representa paz, profundidade e imensidão.
A cor dourada a sabedoria, a riqueza e a claridade das ideias.
O prémio em si representa a união entre os blogueiros.
Aos que o aceitarem agradeço antecipadamente e passo a enunciar as regras:
- Colocar o prémio em situação visível ou linká-lo.
- Anunciar, através de um link, o blog que o premiou e premiar até outros 15 blogs, avisando o blogueiro sobre a premiação

Tal como aconteceu com o prémio anterior, também neste caso não vou nomear ninguém.
No entanto terei muito prazer, ao visitar-vos, de ver estes dois selinhos nos vossos espaços.
Sintam-se à vontade para, se quiserem, seguir as regras que estes dois prémios estipulam.

Aos três blogueiros, ANA
(Pelos caminhos da vida), DANIEL
(Daniel Milagre) e ANA MARTINS (Ave sem asas) [por ordem cronológica], o meu Muito Obrigada!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

UM VERDADEIRO HERÓI

STEPHEN HAWKING
Seus pais viviam em Londres e foi nessa cidade que seu pai se dedicou à investigação médica. Durante a Segunda Guerra Mundial Londres era um lugar perigoso, e a mãe de Stephen foi enviada para a cidade de Oxford, onde ele nasceu.
Logo a família regressou a Highgate, ao norte de Londres, onde Stephen iniciou os seus estudos.
Em 1950 o seu pai mudou-se para o Instituto de Investigação médica de Mill Hill.
Stephen estudou no Instituto para meninas de St.Albans (que admitia meninos até aos 10 anos de idade) e aos 11 anos mudou para o colégio com o mesmo nome.
Seu pai queria que ele concorresse a uma bolsa de estudos para ir para a Escola Pública de Westminster, apesar de Stphen estar doente durante o período de exames.
Em Março de 1959 Hawking concorreu a uma bolsa de estudos com o propósito de estudar Ciências Naturais em Oxforf.
Conseguiu uma bolsa, e licenciou-se em Física, em 1962. De Oxford, Hawking mudou-se para Cambridge para iniciar investigação em relatividade geral e cosmologia, áreas difíceis para alguém com poucas bases em matemática.
Naquela altura Hawking tinha notado que se tinha tornado fisicamente débil, e no Natal de 1962 sua mãe convenceu-o a ir ao médico.
Nos princípios de 1963, passou duas semanas fazendo exames no hospital, onde lhe diagnosticaram uma doença neurológica motora – ou doença de Lou Gehrig. (famoso jogador de basebol americano, falecido em 1941, portador da mesma doença)
O seu estado deteriorou-se rapidamente, e os médicos prognosticaram que não viveria o suficiente para acabar o seu doutoramento.
Apesar disso, Hawking escreveu:
“Mesmo havendo uma nuvem sobre o meu futuro, descobri, para minha surpresa, que estava desfrutando a vida, no presente, mais do que o havia feito antes. Comecei a avançar na minha investigação”.

Seguiu a sua investigação porque encontrou estímulo ao conhecer uma rapariga com quem queria casar-se,



e deu-se conta de que tinha que acabar o seu doutoramento para conseguir um trabalho melhor.

“Portanto, comecei a trabalhar pela primeira vez na vida. Para minha surpresa, descobri que gostava”
Stephen Hawking está gravemente incapacitado por causa da sua doença, a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a qual não o impede de manter a sua alta actividade científica e pública.
Os primeiros sintomas da doença apareceram durante a sua estada em Oxford, e finalmente diagnosticaram-lha aos 21 anos, exactamente antes do seu primeiro matrimónio. Nessa altura os médicos prognosticaram que não viveria mais de 2 ou 3 anos (tempo de sobrevivência normal nessa enfermidade) mas, por motivos desconhecidos, é das poucas pessoas que sobreviveram muito mais anos, ainda que sofrendo o progressivo avanço da incapacidade.
Em 1985 foi sujeito a uma traqueotomia, e desde então utiliza um sintetizador de voz para comunicar. Lentamente tem vindo a perder o uso das suas extremidades, assim como o resto da musculatura voluntária, incluindo a força do pescoço para manter a cabeça direita; com tudo isto a sua mobilidade é praticamente nula. A cadeira de rodas que utiliza em público é controlada por um ordenador que maneja através de leves movimentos de cabeça e olhos, e que também lhe permite seleccionar palavras e frases no seu sintetizador de voz.



Stephen William Hawking, nascido em Oxford a 8 de Janeiro de 1942, doutorado em Cosmologia, é um dos mais consagrados físicos teóricos do mundo.
É professor lucasiano de Matemática na Universidade de Cambridge – lugar que foi ocupado por Isaac Newton.
(Professor lucasiano é o nome que se dá a uma cátedra de Matemática da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. É atualmente ocupado por Stephen Hawking.) – inf. Wikipedia.
Em 9 de Janeiro de 1986 foi nomeado, pelo Papa João Paulo II, membro da Pontifícia Academia das Ciências.
Com variadíssimos prémios, títulos e medalhas atribuídos, Hawking tem várias obras publicadas; “Brevíssima História do Tempo” é a última publicada em Portugal, em 2007.

Se quiser veja agora o poema que lhe dedicou Victória Lúcia Arstizábal

HEROES
©Victoria Lucia Aristizábal©

Aprende de estas vidas, aprende
que son ellos los que nos demuestran
que solo a la bondad y a Dios se atiende
y como se construye en medio del dolor
que no hay nadie que lo impida
el cielo es "el infinito con amor"

por sus venas recorre sangre de valor
no pierden tiempo, saben de que depende
su vida que comprometida a Dios ofrenda
cosecheros solo de luz y de sabiduría
comunican al mundo su heroicidad

con la humildad que el dolor caracteriza
sabiendo que la libertad es una contienda
de un hacer constante y no de afrentas
dispuestos a triunfar nunca desisten
se saben de Dios protegidos e iluminados
no le niegan porque le ven y a El abocados

entregan su saber en aras de mostrar
que siempre con amor y coraje se puede
que no hay comparación, ni apegos, solo fe
como la certeza de saber que hacer
ricos espiritualmente en los brazos de Dios
con su alma a El elevada nos dicen adiós