domingo, 31 de outubro de 2010

ESTOU DOENTE

É com grande tristeza que comunico que hoje não haverá aqui o habitual post de domingo. Custa-me muito faltar a um compromisso que assumi para comigo mesma: vir aqui todos os domingos conversar convosco. Mas….
desde a tarde de quinta-feira que me encontro doente.

Uma forte gripe, em conluio com uma atrevida constipação, deixou-me de rastos (de quatro …).
Mal consigo ver as teclas por entre as lágrimas que me escorrem dos olhos. Espero que as letras não fiquem esborratadas.
Normalmente este tipo de coisas demora uma semana a passar, ou, pelo menos, a aliviar os sintomas. Se assim for no próximo domingo cá nos encontraremos.
Peço aos meus queridos visitantes/comentadores que me perdoem.
Não deixo beijinhos para não espalhar os vírus :)

domingo, 24 de outubro de 2010

LANÇAMENTO DO LIVRO

Por sugestão de um querido amigo fiz um selinho, à imagem do convite, para comemorar este evento, que coloquei em A MINHA COLECÇÃO DE SELOS
Gostaria muito que o levasse para o seu blog.
Obrigada.


É com o maior prazer que vos comunico o lançamento do meu livro LUZ AO ENTARDECER, que ocorrerá no próximo dia 13 de Novembro, em Almada.
A quem quiser/puder honrar-me com a sua presença no evento, o meu “Muito obrigada”!

Foi com grande emoção que recebi do Amigo MACHADO DE CARLOS um poema em homenagem a este lançamento.

É com a maior gratidão para com o grande Poeta, e com o seu consentimento, que partilho convosco este belíssimo soneto.

"Olá Mariazita!
Realmente gostaria muito de participar da tua festa, juntamente com o teu livro, que faz parte do teu coração, mas as águas do Oceano não nos permitem.
Em tua homenagem e também em homenagem ao teu livro segue aqui um soneto, espero que gostes:"

Teu Coração

O teu livro é tua alma que perfuma
Em cada letra... beijo-te de joelhos!...
Longe...Contemplo teus lábios vermelhos
a cantar a tua prosa entre brumas...

Brindo! E em cada verso, na escuma,
alimento-me no teor do teu texto.
Decoro as tuas lições, e, no espelho
não perco um só ponto ou coisa alguma.

Lembras-te daquele bem-te-vi, a voar?
... Juntou-se a mil aves a revoar
E em toda brisa aquele ar me salva.

Teu nome ecoa pelo espaço como hino;
Teu sorriso é um canto divino!
Afago-te e mergulho em tua alma!...


Machado de Carlos


16 de Outubro de 2010 23:50

domingo, 17 de outubro de 2010

MULHERES POSSÍVEIS

Martha Medeiros é uma jornalista e escritora brasileira que muito aprecio.
Tem textos escritos que considero muito bons. É um desses textos que hoje vou partilhar convosco.

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer!
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO!

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO!
Culpa por nada, aliás.

Existe Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.

Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que, a partir daquele momento, você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma Mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo.
Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três di
as…
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa
postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-se-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.

Texto na Revista do Jornal O Globo


Martha Medeiros, nascida em Porto Alegre, em 20 de Agosto de 1961, é uma jornalista, cronista e escritora brasileira
Filha de José Bernardo Barreto de Medeiros e Isabel Mattos de Medeiros, é colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre, e de O Globo, do Rio de Janeiro.
Formou-se em 1982 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.
Tem várias obras publicadas, a primeira, “Strip-Tease , em 1985

domingo, 10 de outubro de 2010

SER CRIANÇA HOJE

Quem me conhece sabe que tudo que se relaciona com a criança constitui uma das minhas maiores preocupações.
Confrange-me e revolta-me pensar nos maus-tratos, injustiças e atropelos cometidos contra a criança.
Muito se tem falado e escrito acerca deste tema. Há instituições vocacionadas para a defesa da criança. Contudo, um aspecto que é pouco debatido, e não é menos importante, é o da criança vítima de problemas familiares. São inúmeras as crianças que sofrem na pele as consequências do mau entendimento entre os pais que, não raras vezes, conduz à separação.
Dentro deste contexto hoje vou partilhar convosco a opinião do Pediatra Dr. José Carlos Palha.


SER CRIANÇA HOJE

É impressionante o aumento, nos últimos anos, das crianças da minha consulta, vítimas de problemas familiares.
Na maioria dos casos os pais estão separados e vivem com a mãe; noutros são os avós que "aguentam" a situação. Chego a ter tardes de consulta de uma total monotonia pois as queixas são sobreponíveis e o pano de fundo também.
As mães, numa ansiedade crescente, sem quererem perceber as razões das queixas dos filhos, pedem desesperadamente análises, radiografias e, pasme-se! T.A.C. para as crianças, na esperança de encontrarem uma causa física para a doença do filho ou filha. É tal a insegurança destas mães que chegam a dizer-me que aquele filho não pode estar doente ou muito menos morrer um dia porque ele vai ser a sua única companhia pela vida fora; por isso é nele ou nela que investem tudo, em exclusividade, em termos afectivos!
As crianças, "afogadas" neste proteccionismo "selvagem" e contraditório, sofrendo já com a ausência do pai como figura de referência imprescindível, neste beco sem saída, somatizam toda a ansiedade em apelos constantes para que lhes dêem atenção... quando o que realmente lhes falta é tão simplesmente uma família normal!...

Às vezes, quando as mães me perguntam se não seria melhor pedir uma T.A.C. ao filho ou filha, eu, sinceramente, o que me apetecia responder-lhes, por ironia, era se elas não quereriam antes fazer um exame profundo e doloroso, uma T.A.C., quiçá, à sua própria família...
Ah! Que grande radiografia ou T.A.C. social não são estas minhas consultas diárias!...
Mas que remédios, meu Deus, posso eu ter para, ao menos, minimizar as dores desta terrível doença social?

Ainda hoje uma mulher foi-me trazida pela Assistência Social com um bebé de 5 meses que nunca tinha sido observado, desde o nascimento. Não tinha ainda vacinas, não tomava vitaminas, bebia leite de vaca inteiro, estava sujo e andrajoso...
A mãe, pelo seu lado, não tinha mãe, nem pai, nem família, vivia sozinha e foi "descoberta" assim pelos vizinhos.
Perguntei-lhe, a medo, quem era o pai da criança, respondeu-me que isso não interessava para nada.
Perguntei-lhe, ainda com menos convicção, como tinha contraído em plena gravidez a hepatite B; respondeu-me que toda a gente sabe que a hepatite B se pode apanhar com toda a facilidade quando se está grávida...
Não lhe perguntei mais nada...
Calado, observei a criança.
No meu pensamento milhares de imagens passaram em turbilhão - discursos em praças e em púlpitos, comícios revolucionários e outros menos, guerras reais e das estrelas, festas de pouca e muita caridade, sei lá eu que mais...
Qual destes eventos pôde tocar, alguma vez, esta mulher?
Quem lhe pode devolver a dignidade?...

Neste final de século ter pena das crianças e temer pelo seu futuro é muito pouco... Porque há várias misérias misturadas. Já nada é linear como outrora... Porque hoje é preciso ter sorte para ser criança a vários níveis, não só o da miséria material!... Talvez a miséria moral, a falta de valores na sociedade seja, para a formação das crianças, o mais importante.
Porque hoje em dia é preciso ter sorte, acima de tudo, para viver em amor!...

José Carlos Palha
V. N. Gaia, Portugal

Dr. José Carlos Palha é pediatra e exerce a sua profissão em Vila Nova de Gaia.

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domingo, 3 de outubro de 2010

AGRADECIMENTO

Do meu Amigo Álvaro, a quem muito agradeço
04.10.10
Do blog "Álvaro Oliveira Poesia"




A amiga Mariazita do blog A Casa da Mariquinhas está completando mais um ciclo de vida e lhe desejo muitas felicidades e que muito em breve esteja nos convidando par o lançamento do seu primeiro livro. Com certeza um livroo que nos deixará imersos até o o seu final, pois para quem não conhece o seu blog não sabe o que está perdendo porque temos aí uma escritora de mão cheia e adoro ler seus posts com suas histórias que não sentimos o tempo passar.



MUITO OBRIGADA, IRENE. DE CORAÇÃO, OBRIGADA!




Apenas por absoluta falta de tempo não me é possível redigir um agradecimento individualizado a cada uma das pessoas que tiveram a gentileza de me felicitar pelo meu aniversário.

Independentemente da visita à casa de cada um de vós, quero aqui deixar expresso o quanto me sensibilizou o vosso carinho, que excedeu todas as minhas expectativas.

Permitam-me um agradecimento especial às minhas amigas (por ordem alfabética):

- Ana Martins, do blog AVE SEM ASAS
que me ofereceu este lindo selinho


- Fernanda (Ná) do blog NA CASA DO RAU
autora do selinho seguinte, com que me presenteou






- e Sãozita, do blog NO LIVRO DA VIDA
que me mimoseou com o vídeo que publiquei no post anterior.

Como se isso fosse pouco…preparou-me uma surpresa que me sensibilizou deveras: fez-me ouvir, por telefone, dois anjinhos loiros, na sua vozinha amorosa a cantarem “parabéns a você”. Fiquei muito emocionada ao ouvi-los.

Para as três um grande “Bem haja!”, que torno extensivo a toda(o)s quanta(o)s me visitaram e felicitaram.

Preparei -vos este selinho que gostaria que aceitassem.
É uma lembrança muito modesta, de quem nem sequer vos ofereceu um bolinho ou uma taça de champanhe... mas a crise é real e séria :)))




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Muito obrigada, e que o futuro vos reserve, em dobro, tudo o que me desejastes.
Muitas felicidades.
Mariazita



PS – Aproveito a oportunidade para agradecer, também, a sua visita e comentário ao meu post anterior “Acontecimento Inesperado”.





PS, PS – Quem quiser levar o meu selinho tem que fazer o favor de ir buscá-lo à A MINHA COLECÇÃO DE SELOS